sexta-feira, dezembro 02, 2005

Mais do mesmo


Quinta-feira falei aqui sobre a Cosa Nostra e sobre o bolo rei. O único comentário que recebi foi: “Olha o português pá!”, “Para seres copy tens que melhorar a ortografia, a gramática e o camandro.”. No entanto os assuntos parecem ser demasiado sensíveis para gerar opiniões. São coisas da vida.

Hoje ao acordar ouvi uma noticia “linda”. A igreja católica diz que afinal já não há limbo. Ao que parece a igreja está a desalojar as almas duvidosas. A desculpa oficial é que qualquer bebé, mesmo que por baptizar, tem direito garantido no ceú. Então e os homossexuais, vão directos para o inferno? E se se arrependerem, ficam curados do seu homossexualismo? Sim porque a igreja até hoje diz que o homossexualismo é uma doença e tem cura. Os candidatos a sacerdotes desta linda instituição não podem ter no últimos dois anos sintomas de homossexualismo, caso contrario não servem para ser celibatários. Sou só eu ou isso é mais hipócrita que a noticia do limbo. Será isso uma nova forma de chamar mais “clientes”?


Como acho que ainda consigo pensar, vou tentar um raciocínio herético. Um padre deve ser celibatário! Logo não deve manter relações sexuais com homens ou com mulheres. Seria tão errado uma como outra. A pedofilia existe sempre que relações entre um adulto e uma criança passem a ser sexuais (agora em Portugal és criança até aos 18, podes conduzir motociclos mas não manter relações sexuais). As crianças podem ser meninas ou meninos. Logo pedofilia está condenada legal e moralmente em ambos os casos. Por esta lógica deviam PROIBIR OS PADRES COM A DOENÇA DA HETEROSEXUALIDADE. Assim tínhamos a certeza que os padres nunca iam fazer asneiras com as crianças. Se os padres são celibatários não deveriam ser castrados?

Peço opiniões para saber o que digo é só burrice minha ou se alguém concorda com algo do que digo, no mínimo se tem lógica.

PS: o meu corrector do Word não reconhece a palavra ceú.

2 comentários:

Maria disse...

Este é, de certo, um dos temas mais complexos que escolheste. Na minha opinião os padres ou sacerdotes católicos, como em outras religiões, deveriam ter a opção de constituir uma família, de casar e ter filhos, como outra pessoa qualquer. A espiritualidade e a missão de ajudar os outros, de os encaminhar não é imcompatível com o casamento. Talvez isso impedisse que os padres espiriualmente "castrados", descarregassem os seus desejos em meninos e meninas... O fruto proibido é o mais apetecido... O facto de muitos viverem em clausura permite que as maiores desgraças aconteçam naquelas quatro paredes, sem que ninguém se meta, não obstante ser do conhecimento público. Acho que vai ser uma questão de tempo, até que o celibato dos padres passe a ser uma opção e não um voto. Quanto à questão do limbo, independentemente dos dogmas da Igreja, eu tenho as minhas crenças, e não acredito que Deus vire as costas a nenhum bebé por não ser baptizado...

aquelabruxa disse...

a igreja católica e o cristianismo estão caducas, em 2000 anos nada mudou para eles, parece. tudo o que é natural é bom, tudo o que é bom é bom. toda a gente sabe o que é bom ou mau para si e para os outros. é tão simples, toda a gente sabe quando faz mal a uma criança ou a um adulto. deus (a religião) mata mais que o cancro.

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