segunda-feira, agosto 09, 2010

Historia de umas paradas.


Ele esperava o seu metro. Pensava na noite anterior. Pensava no que
não fez, no que não disse. Não havia muito a fazer agora. A segunda
abalava-se sobre ele.

Ele recordava o cheiro do sábado, cheiro de suor com amor. Amor com
falta de Fe? Ou apenas paixao de momentos? Nao queria saber, nao lhe
importava. Apenas sorria, apenas recuperava.

Estava certo de querer algo, algo saudavel, algo rápido. Algo final.

Os seus olhos abriam preguicosamente. Sem foco, sem forca. Sem coragem
de contar algo. Mas aqueles menos de 10% não paravam.

Gatorade, cafe, red bull ou uma birra. Algo para despertar o resto do
corpo.

Caras serias e tristes lhe observam. Mas algo lhe tirava a calma. Uma
sensacao de estar na mira de alguem.
Alguém o olhava fixamente, mas não sabia quem, não sabia onde.

Um toque no ombro despertou-o. Era o seu antigo professor de
matemática. Mas estava diferente estava menos vivo, menos lutador. Via-
se no olhar cansado, na cara abatida.

Este particular personagem aliviou-o, pois já sabia quem o olhava. O
stor Ignacio dizia coisas, coisas que ele não ouvia, o Aipode não
parava de gritar rock estrangeiro. Rock alto. Sorriu ao stor e chegou
o combio.

Stress, reencontro e alivio e ainda nao tinha saído do bairro. Uma se
gunda qualquer de manha.

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