quarta-feira, janeiro 24, 2007

Diz que não, diz que sim!


Dia 11 de Fevereiro vamos ser chamados a dar a nossa opinião sobre a legalização do aborto até às 10 semanas de gravidez. Muitas opiniões há, umas pelo sim, outras pelo não. Desde já digo, sou pelo sim.

Tenho ouvido e lido atentamente os dois lados. Chego a conclusão que dois dos mais influentes opinion makers portugueses que defendem o não o fazem por culpa do português usado pelo PS. Que o fazem porque querem que se oiça a opinião deles, não querem ficar sem o seu espaço nos media. São este dois Marcos Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa. Antes de mais deixo extractos de textos que li.

“o líder social-democrata fala também sobre a prisão de mulheres que fazem abortos, dizendo que não é favorável à pena de prisão para uma mulher que decide interromper a gravidez,” Publico

“Quem teve a ideia deste referendo fui eu em Outubro de 1996.” Marcelo Rebelo de Sousa in www.assimnao.org

Depois de ler isto será possível levar a sério as suas opiniões pelo não? Do mini-me nem digo nada, não vale as palavras, mas do Professor martelo... ... o que ele nos diz é que é pelo não por uma questão semântica. Isso é como ser contra uma vacina contra a Sida porque é produzida pelo PS, a embalagem é feia e a sua venda seria um sucesso para o partido. Quer isto dizer que se Sócrates não apoiasse o sim ele o faria? Não me cabe responder.

Como sou português, maior de 18 e posso votar, vou faze-lo. Tenho a certeza que nenhuma mulher toma de animo leve uma decisão como abortar, por muito que seja legal, ao contrario do que diz mini-me um aborto não é "um sinal de facilitismo". Conhece alguém que tenha feito um aborto por ser fácil? Diria que não, um aborto é uma coisa muito difícil para o corpo e acima de tudo para a mente. Conheço uma mulher que fez um aborto, até hoje tem marcas disso. Não no corpo, mas onde só ela pode ver.

'É difícil combater corrupção e tráfico de droga, mas não os legalizamos' Marcos Mendes

A corrupção não legalizamos, mas o tráfico de droga... ... tanto quanto sei não fechamos ainda as farmácias, os cafés, os bares ou as clinicas de emagrecimento e todas elas vendem droga. Quanto a drogas ilícitas, não as legalizamos porque não conseguimos, eu por minha parte estou pronto para essa discussão. E comparar tráfico de drogas ao aborto é tão radical como comparar corrupção a burocracia. Vamos ver se desta vez o nosso povo não me deixa ficar mal, vamos ver se quem já precisou dele não é contra.

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Se fôr a terceira opção é porque não houve aborto...pariu!!!

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