sábado, março 18, 2006

Dias como outros, ou não!


Trabalho com um calendário ao meu lado diariamente. Neste estão marcados os feriados nacionais. Vejo feriados como corpo de Deus, Santo António, assunção nossa senhora e nossa senhora de Conceição. Todos de difícil explicação, todos muito católicos, todos muito sem sentido ao comum dos tugas.

Não nego que o quinze de Agosto é útil para ir ou voltar de férias, mas ou bem me engano ou nem são assim tantos os verdadeiros católicos praticantes, que vão à missa nesses dias, nas principais cidades nesta bela nação. Se a Grandíssima Lisboa (de Cascais a Setúbal) e do Grandíssimo Porto (de Viana a Aveiro) albergam mais de 60% da população portuguesa e a grande maioria não vai nem cinquenta vezes por ano a uma igreja. Então porque temos feriados dedicados a devoção e milagres que desconhecemos, a pessoas, sim porque não foram mais que pessoas, que não marcaram para sempre a história da nossa nação, nem gravaram o seu nome nas mentes de dez milhões?

Segundo consta o estado não está ligado directamente à igreja católica, até porque não é a única igreja ou religião no país. Se queriam inventar dias para fomentar o turismo e a preguiça (pecado capital) podiam dar-lhes motivos mais nobres nas suas intenções. Como exemplo poderiam tornar feriado o dia dos namorados, o dia do pai. Seriam dias dedicados ao amor e a dedicação dos nossos entes queridos, uma vez que já há trezentos sessenta e cinco dias por ano dedicados a santos, basta ver um calendário eclesiástico.

Um dia para estar com os nossos pais, com os nossos pares, com os nossos amigos ou com o nosso pai.

1 comentários:

aquelabruxa disse...

gosto da foto (do teu pai?).

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