Madrid, 8 de dezembro, 2009, noite
10 graus, dizem eles. O fumo sai da minha boca e ainda não estou a fumar.
Espero o comboio e sorrio.
Sempre que te vejo, volto mais forte, mais feliz, mais parvo, digamos. Só tenho pena de não acreditar em ti ao ouvir de ti que tudo está bem, que tu estás bem. Talvez sejas dessas pessoas k nunca estão verdadeiramente bem. Talvez só estejas bem só, Mas todos queríamos ter-te só para nós, isso abafa-te, massacra-te, capa-te. E como se pode querer-te e ter-te? É antagónico, ilogico, idiótico e até triste. É como querer gelado quente. Simplesmente não dá.
Por isso espero pela minha vez de por a minha virgula em ti, na tua historia e na tua vida.
Não espero ser o tal, nem um deles, isso é querer mais do que posso almejar, aspirar. Basta-me ser um sorriso na tua cara ao lembrar. Sei que o meu dia ainda não chegou, tem calma, ele chega. Eu sou fudido e espero. Ainda não estou pronto para t largar, ainda não estou pronto para ti. Mas esse dia chegará. Espero que seja um dia bom e longo. Estou a preparar-me, estou à espera.
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