quinta-feira, maio 17, 2007

Suicídio assistido



Vivemos em Portugal, a solução para os problemas aqui é fácil. Ou fodes ou és fodido. Como não fodo e não quero ser fodido, a solução é fácil, fico aqui para sempre a criar coragem para me matar. À espera de encontrar a arma que mata sem dor, porque aqui é uma merda, mas é a nossa. Chafurdemos nela então até ela nos cortar o oxigénio. Viva a sobrevivência de merda na terra onde já sabes que vais ser enrabado, diariamente e profissionalmente. Começas pelo governo e acabas em casa. Passando por tudo o que possas encontrar no meio. Banco, saúde, senhorios, trabalho e passando pelo clássico cú.

Mas não se desespere quem acha que pode melhorar, estamos na terra do fado, gostamos de viver na merda, quem não gosta que se mate. Já faltou mais, mas não muito. Agora só falta a grande decisão, o método. Talvez seja a cantar, pois acalma a alma. Pelo menos morres feliz e sub-empregado. A cantar, num buraco onde ficas velho e seco, sem nunca ter tido o que podias ter se a coragem te levasse para fora do buraco dos tristes. Perdão, Portugal. A terra dos sonhos, sonho de ganhar o euro-colhões. Mas como o mais provavel é nunca sair, posso sempre esperar que haja mesmo ouro no fim dos arcoiris. Ou que o papa se case, ou que os politicos melhorem mesmo a qualidade de vida de alguem que não eles. Talvez a minha. Ou a do Gandi, ou a do mickey, ou do Pai natal. Eu acredito, também no lobo mau, na criação do mundo em sete dias e no saci pereré.

Sabem acho que no ultimo acredito mesmo, ele até fuma liamba no cachimbo e claro, sorri muito. Só que em Portugal a Liamba chama-se cavalo e o saci chama-se agarrado.

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