sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Junto à praia


Uma tarde de sol arrasador, o Paulo estava a ver as meninas a bronzear na areia. De cima do paredão a pele delas tem um brilho especial e ele gostava de o ver, um brilho como as brasileiras das revistas da sua mãe. Ele sonhava com a atenção de uma delas, a Leonarda, a Leoa. A dona do mais belo corpo de toda a Nazaré, e possuidora do mais apetitoso rabinho.

Paulo tinha apenas 15 anos, mas sabia muito bem o que queria, a Leoa. Olhava com calma para cada pormenor daquelas belas costas e daquele cuzinho saboroso. Durante este processo teve uma ideia para mudar a sua situação de platónica a viável. Desceu para a praia.

″Leoa, Leoa, tenho que te contar uma coisa!″ - Gritou Paulo. Para depois lhe contar que tinha prometido ao padre que nunca mais guardaria sentimentos nobres para si. Ao ver que ela não entendia o porquê de tal revelação, então explicou, o amor é um sentimento nobre e ele nutria o mesmo por ela. Apesar de ele ser 2 anos mais novo, ela notou que de menino aquele corpo nada tinha, gostou. Disse-lhe então para não parar no uso do verbo, para escrever esses sentimentos e le-los a ela essa noite na praça, perto do café central.

Depois da novela das 8 chegava a Leoa à esplanada do café central, onde viu o Paulo, sentado numa mesa com uma carta de aspecto grosso. Sentou-se na sua mesa e olhou para os olhos do miúdo. Estava algo nervoso mas parecia seguro de seu sucesso. Ela puxou-o pela mão e disse-lhe ao ouvido que a acompanha-se. Foram para a praia, onde antes que ela pudesse dizer algo o Paulo lhe roubou um beijo. Ela não deixou a situação ficar assim, respondeu-lhe com um beijo daqueles para não se esquecer e deitou-o na areia.

Como correu o resto noite eu não posso dizer, mas os filhos deles apostam que houve festa na praia.

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