quarta-feira, dezembro 14, 2005

Lisboa, cidade do meu coração


Estou agora no Atrium Saldanha, e da minha mesa vejo a muito cheia Avenida da Republica. São quase onze da manhã e o transito a subir é mais que muito. Parece estranho, pois hoje é quarta e a esta hora muitas desta pessoas deviam estar nos seus locais de trabalho. Mas isso também é algo que eu adoro nesta cidade. Como qualquer cidade grande, existe de tudo um pouco. Existem gentes que de noite lutam pelo pão nosso de cada dia, existem outros que entre as horas mais cheias da cidade fazem pela vida. Temos também os que gostam de se pensar maioria, aqueles que para viver labutam das nove as cinco. Somos muitos os que enchemos e damos vida à cidade onde o rei Rui pensou nos seus loucos, os Loucos de Lisboa.

Nesta cidade, de encantos mil, vivo desde um nove nove nove (antes cinco anos na década de oitenta). E muitas vezes me digo, anuncio, repito farto de aqui estar. No entanto cada vez que penso em partir, ela mostra-me algum detalhe que ainda não tinha encontrado, visto, ou reparado. Quem aprendeu a amar este canto do mundo pode já ter reparado em coisas como os arcos que pela velha capital abundam. Eu tenho uma grande pena, não ter uma boa maquina digital. Com uma poderia partilhar com o mundo a minha visão estranha daqui. Em Lisboa, já presenciei barbaridades que me faltou ver no terceiro mundo, arvores no meu de ruas, transgressões de transito inacreditáveis e tantas outras coisas loucas. Mesmo assim ninguém me tira da cabeça este amor estranho.

As luzes que iluminam Lisboa pela noite tem muita força quando vistas do parque Eduardo VII, aconselho ver. O miradouro da Graça de dia ou de noite mostra uma alma que eu adorei conhecer à terra que outrora fora moura. Mas para mim o lugar mais brutal para se apreciar esta linda metrópole, é a vista das escadas de entrada do Chapitô. Foi uma vista que me fez chorar quando a dois dias de ir para o Rio de Janeiro. Tocava Marisa nas colunas de som, com a musica Cavaleiro Monge. Nunca do vale à montanha teve tanto significado como nesse dia.

Como poderia escrever resmas sobre Lisboa e nunca conseguir explicar a sua beleza, faço-vos um convite. Se vierem a Lisboa e não entenderem bem o que digo, entrem em contacto com a minha pessoa, pode ser que vos mostre uma Lisboa que nunca pensaram ver.

2 comentários:

Anónimo disse...

Do nascer ao por do sol, Lisboa e linda e sem par. Cada cidade e linda a sua maneira. No seu geito de ser e de viver. Nao ha duas cidades iguais e todas sao igualmente lindas. Somos nos, os seres mortais que fazemos as cidades lindas.

Maria disse...

Por mais cidades que conheça, lindas de morrer, só Lisboa tem esta luz...faz-nos estar gratos por ter vindo parar a este cantinho do planeta. É a "mulher" mais arrasadora que conheço...

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